segunda-feira, 6 de julho de 2015
OLEGÁRIO MARIANO - A VOZ DE TODAS AS VOZES
A VOZ DE TODAS AS VOZES
OLEGÁRIO MARIANO
A Murilo Cabral Silva
Essa voz que à hora morta, em choro aflito,
Ouço gemer pelas encruzilhadas,
Não vem das noites altas que o infinito
Céu salpicou de estrelas espantadas.
Não vem das pobres águas resignadas,
Cativas das represas de granito,
Não vem de aves noturnas nem do grito
Dos ventos a rolar pelas quebradas...
De onde vêm essas queixas que ressoam
Da velha casa perturbando a calma?
Por que entram como o luar pelas janelas?
- É a voz daquelas que me amaldiçoam
Pelo amor que lhes dei no fundo da alma,
Pela saudade que sofri por elas.
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