MEU PAI VINÍCIUS DE MORAES Meu pai, dá-me os teus velhos sapatos manchados de terra Dá-me o teu antigo paletó sujo de ventos e de chuvas Dá-me o imemorial chapéu com que cobrias a tua paciência E os misteriosos papéis em que teus versos inscreveste. Meu pai, dá-me a tua pequena chave das grandes portas Dá-me a tua lamparina de rolha, estranha bailarina das insônias Meu pai, dá-me os teus velhos sapatos.
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