quinta-feira, 25 de julho de 2013
AFONSO CELSO - ANJO ENFERMO
ANJO ENFERMO
AFONSO CELSO
Geme no berço, enferma, a criancinha,
Que não fala, não anda e já padece...
Penas assim cruéis, por que as merece
Quem mal entrando na existência vinha?
Ó melindroso ser, ó filha minha,
Se os céus me ouvissem a paterna prece,
E a mim o teu sofrer passar pudesse,
gozo me fora a dor que te espezinha.
Como te aperta a angústia o frágil peito!
E Deus, que tudo vê, não t'a extermina,
Deus que é bom, Deus que é pai, Deus que é perfeito!
Sim... é pai, mas a crença no-lo ensina:
Se viu morrer Jesus, quando homem feito,
Nunca teve uma filha pequenina!...
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Muito lindo a maneira de se reportar a Deus.
ResponderExcluirVerdade Deus viu seu filho crescer.
Obrigado Deus por ter me livrado de tamanha angústia
Sim, perfeito ! Só quem teve uma filha pequenina, doente, pode mensurar este poema
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