sábado, 6 de julho de 2013

FRANCISCO MIGUEL DE MOURA - FILOSOFIA DO TRIVIAL




FILOSOFIA DO TRIVIAL

FRANCISCO MIGUEL DE MOURA

Acendido o cigarro, o fumo passa
a alongar-se pro alto, com desdém.
Outro cigarro acende-se: fumaça
voa do peito, vai procurar quem?

Porque tão longe em cinza se consome,
voltamos a pensar outra desgraça,
outra tristeza que não sei o nome.
E a nossa vida esvai-se e se adelgaça!

Por um momento cresce e se avoluma,
por um momento cria a dor das crenças,
para depois se transformar em bruma.

Pensando bem (ou mal), a vida passa:
- Um punhado de crenças e descrenças,
um minuto, um cigarro, uma fumaça!...

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