sexta-feira, 21 de junho de 2013

OLEGÁRIO MARIANO - ESPERA INÚTIL


     

ESPERA INÚTIL

OLEGÁRIO MARIANO

Esperei-te toda a noite
Em crescente exaltação:
Os meus braços te acenavam,
Os meus lábios te chamavam,
E enquanto esperava, em vão,
Os ramos garatujavam
Ao luar, teu nome no chão.

Quando veio a madrugada, 
Eu tinha a face molhada...
Era de orvalho? Não sei.
Se a água do orvalho é salgada,
Foi engano. Eu não chorei.

     

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