sexta-feira, 21 de junho de 2013
MARIA JOSÉ ARANHA DE REZENDE - A UM INDIFERENTE
A UM INDIFERENTE
MARIA JOSÉ ARANHA DE REZENDE
Nesses teus olhos vagos, distraídos,
nesse teu ar distante, indiferente,
nessa apatia assim dos teus sentidos
que parecem dormir profundamente;
Nessa frieza com que que os teus ouvidos
ouvem o grito deste amor ardente,
nesses teus braços calmos, desprendidos
que nunca me cingiram ternamente;
Nessa ausência completa de desejo,
nessa boca que foge do meu beijo
é que reside o meu maior encanto.
Se o teu amor ao meu amor viesse,
se essa felicidade eu conhecesse
talvez... talvez não te quisesse tanto!
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