GEIR CAMPOS - BUCÓLICA
BUCÓLICA
GEIR CAMPOS
Hoje meu coração é como um boi manso,
em decalcomania sobre a paisagem.
Pelo vício, talvez, rumina o capim
duma esperança há poucas horas extinta
e que lhe cai da boca em pingos de tinta
- verde a princípio, quase branca no fim.
A antiga agilidade estroina e selvagem
morreu: parado assim, no esquema rural,
ele parece à espera só dum sinal
que o devolva às origens do seu descanso.
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