sexta-feira, 1 de março de 2013
FRANCISCO OTAVIANO - MORRER... DORMIR...
MORRER... DORMIR...
FRANCISCO OTAVIANO
Morrer... Dormir... Nada mais! Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra, algumas flores,
E as vezes uma lágrima fingida!
Sim! Minha morte não será sentida;
Não deixo amigos, nem tive amores,
Ou se os tive, mostraram-se traidores,
Algozes vis de uma alma consumida.
Tudo é podre no mundo. Que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim é morta!
É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta!
Morrer... Dormir... Talvez sonhar... Quem sabe?
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