terça-feira, 12 de março de 2013
FRANCISCO A. GOMES NETO - BORBOLETAS
BORBOLETAS
FRANCISCO A. GOMES NETO
Sozinho, à beira de um regato impuro,
eu recordava o que já tinha lido.
Eram as folhas de um passado escuro,
reminiscências de um amor perdido.
Pousaram perto, num galhinho baixo,
duas borboletas de bonitas cores;
ambas juntinhas, pareciam cacho,
ou, dos raminhos, melindrosas flores.
E ali ficaram por alguns momentos,
talvez em beijos e sutis conversas;
depois voaram cortejando os ventos,
buscando, as duas, regiões diversas.
Sumiram longe no azul distante,
formando, à vista, caracóis risonhos...
E, então, lembrei-me de que para o amante
são desse modo os encantados sonhos...
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