domingo, 24 de novembro de 2013

JUDAS ISGOROGOTA - SAUDADE




SAUDADE

JUDAS ISGOROGOTA

Mudos, olhando o embalo das maretas
os dois homens pararam; junto ao cais,
balouçantes, enormes silhuetas

de velhos barcos setentrionais
faziam retinir, como grilhetas,
os elos das correntes colossais...

Foi olhando essas naus, à Ave Maria,
na hora em que tudo em solidão se vê,

que aqueles homens rústicos, um dia,
choraram muito sem saber porquê...

Nenhum comentário:

Postar um comentário