sábado, 6 de junho de 2015

OLEGÁRIO MARIANO - HUMILDADE


  

HUMILDADE

OLEGÁRIO MARIANO

Humildade da mão que pede esmola
Envergonhada por estar vazia.
Humildade da flor que abre a corola
Pedindo à luz que seja menos fria.

Humildade daquele que se isola
De tudo porque a tudo renuncia.
E pelo amor, de queda em queda, rola
Na eterna humilhação de cada dia.

Humildade da sombra que acompanha
O poeta ungido de serenidade...
Humildade da lua na montanha.

Humildade dos olhos das ovelhas...
Humildade das fontes... Humildade
Dos beirais onde choram velhas telhas...

  

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