domingo, 17 de fevereiro de 2013

JÚLIO MÁRIO SALUSSI - OS CISNES


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OS CISNES

JÚLIO MÁRIO SALUSSI

A vida, manso lago algumas
Vezes.  Algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul, sem ondas, sem espumas.

Sobre ele, quando desfazendo as brumas
Matinais rompe um sol vermelho e quente, 
Nós dois boiamos indolentemente
Como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia o cisne morrerá, por certo.
Quando chegar esse momento incerto, 
No lago onde talvez a água se tisne,

Que o cisne vivo, cheio de saudade
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne.

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